terça-feira, 11 de agosto de 2009

Por causa de uns 5 anos (Miriam Carrilho)



(Para a minha neta Gabriela)



Gabriella, Bibi, bela,

na janela, nela, ela,

não me viu.



Viu, viu? Vai brincar, sua sapeca,

vai brincar, minha boneca,

vai nadar lá na piscina.



Vai, menina,

vai correr a mais de mil.

Mas por favor, venha me ver,

me abraçar e me beijar:

amo você.



Um dois, três, quatro,

quero, quero o seu retrato

eu quero mais, e sempre mais,

quero você.



Com seu riso,

seu olhar,

seu bem-querer,

seu dizer de improviso

o que vem do coração

que por sorte, não tem freio

(ainda bem) nem aperreio:

já lhe basta a emoção.



Mas agora eu não brinco - acredita?

Vou cantar a nova idade

da criança mais bonita

que completa hoje cinco

doces anos de amor, felicidade.



Seu viver todo inteirinho

com saúde e alegria,

muita luz em seu caminho

muita paz e harmonia.



Isso é tudo o que desejo

e lhe entrego com um beijo.



Miriam Monte Carrilho de Oliveira




Nasci em Natal / RN, no mês de maio de 1947. Pelo menos é isso o que está registrado na minha identidade. Estudei interna, como era costume na época. Mal saí, casei, Muito nova, dois filhos, descasei. Airosa, arranjei outro, ousei, floresci mais duas. Por hoje, cinco netos, meus xodós. E quero mais. Cursei Administração na UFRN porque apareceu um belo estágio no Banco do Nordeste. Jornalismo na UNICAP movida pelo insano e inocente desejo da verdade acima de qualquer suspeita. Minha incursão no ramo se deu por uma entrevista a um escritor famoso, não aceita por nenhum jornal daqui. A Tribuna da Imprensa de Hélio Fernandes, lá no Rio, publicou-a na íntegra. Folhas Esparsas, com poemas de épocas e temas diversos, um sonho que se fez. Desenhar e pintar, outras manias acalentadas. Meu trabalho é ser livreira, embora como funcionária pública e privada tenha gasto um bocado do meu juízo. Leio, sim, sempre, embora o tempo não dê pra “devorar” tudo o que quero. Sou geminiana inquieta, insatisfeita com o mundo que me cerca, sempre a desejar mais e mais, com uma vontade tola, safada, insistente, de ver o mundo e seus habitantes mais felizes. Pretensão? Talvez. Mas um poeta pernambucano falou que “uma cidade se faz com o sonho dos homens”.
Por que não fazer um mundo com o sonho das mulheres?

Um comentário:

  1. Adorei o seu blog. Fico feliz de ver minha arte (menina com ursinho) por aqui.
    Um abraço!

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